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21 de out. de 2009

Ninfas, Nabokov , Kubrick e Cuba...

Continuando ma fase atual de releitura de livros que já tinha lido nos ultimos 15 anos ou mais , me deparei com esse bem interessante chamado : Lolita



Lolita é o título de um romance ,publicado pela primeira vez em 1955 ,de autoria do escritor russo Vladimir Nabokov,que fugindo dos exércitos nazistas e após uma estada em Paris, chegou em 1940 aos Estados Unidos, onde se dedicou ao ensino de língua e literatura russa em várias universidades. Embora continuasse a escrever na sua língua materna, começou também a escrever em inglês.

O romance é narrado em primeira pessoa pelo protagonista, o professor de poesia francesa Humbert Humbert,para mim um maluco-pseudo-intelectual , que se apaixona por Dolores Haze,para mim a junção de varias divas em formato miniatura na cabeça do autor, sua enteada de doze anos e a quem apelida de Lolita. O professor, que já conta com uma certa idade, desde o início se define como um pervertido e aponta como causa um romance traumático em sua juventude, que não pode ser explicada de forma tão simples e que os psicologos adoram tentar...


Mas em função do início chocante, sem dúvida o livro ficou famoso como um dos romances mais polêmicos já publicados, tanto que antes de chegar ao público, foi rejeitado por diversas editoras.


A obra conta com diversas qualidades literárias e uma estrutura curiosa, que pode ser interpretada como uma mistura de diversos estilos cinematográficos: do início psico-erótico típico de um filme europeu, a história passa para um drama de periferia quando o professor vai morar em New Hampshire. Depois a ação lembra um road movie, com uma longa viagem de carro; passa para um romance de mistério, com o enigma de um perseguidor oculto; e no final se torna um drama policial, ao estilo de um filme noir, é o famoso 12 por 1 bem tipicos das favelas cariocas...

Foram realizadas duas versões cinematográficas do romance: a primeira, de 1962, realizada por Stanley Kubrick; e a outra, em 1997 dirigida por Adrian Lyne.





A diferença do filme para o livro são algumas cenas que foram cortadas, e a inversão da cena final do livro que no filme acontece logo no inicio. E a maior diferença entre os dois filmes são nas cenas que no de 1997 são bem mais picantes do que no de 1962, isso devido a grande censura imposta na década de 60 ,inclusive meu pai quase foi preso nos anos 60, pois tinha um livro sobre "cubismo" e o milico falou que era sobre "Cuba e Fidel".



O livro deu origem a duas gírias de natureza sexual: lolita e ninfeta.

Um comentário:

  1. Eu também li o livro e filme o filme do Kubrick, o do Adrian Line não vi e nem sabia da existência. Bom saber, gosto do Jeremy Irons e da Melanie...
    Embora o tema, de verdade, não me interesse muito, acho tanto o livro como o filme muitíssimos bem realizados. E acho super importante não alimentar preconceitos, ainda mais quando se trata de relações humanas. Esse tipo de experiência entre um homem mais velho e uma ninfeta acontece, tanta coisa mais acontece quando se trata de vidas humanas, não?

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