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26 de fev. de 2011

Mas , se o ornitorrinco enfrentasse o Anton?????

Kant e o Ornitorrinco e os Fracos...

(Ensaios sobre Linguagem e Cognição) é o livro que Umberto Eco diz ser uma tentativa de completar sua Semiótica, de 1976, só que ele parece ter se divertido muito mais. O blog comenta:

“Como sabemos que um gato é um gato? E por que o chamamos de gato? Tacando o gato na parede???!!

Quanto de nossa percepção das coisas se baseia em habilidade cognitiva, e quanto em recursos linguísticos? talvez quase sempre por que as vezes o olho de shiva está com conjutivite...

Aqui, em ensaios notáveis, Umberto Eco explora em profundidade questões de realidade, percepção e experiência.

A um só tempo filosófico e divertido, Kant e o Ornitorrinco é uma viagem pelo mundo de nossos sentidos contada por um mestre do conhecimento sobre o que é real e o que não é”.

Trecho da Introdução, por Umberto Eco:

“O que tem a ver Kant com o ornitorrinco? Nada. Como veremos a partir das datas, ele não poderia ter nada a ver. E isso deveria ser suficiente para justificar o título e seu uso em um contexto incongruente que soa como um tributo à antiga enciclopédia chinesa de Borges.
Então, sobre o que é esse livro?

Ornitorrinco à parte, é sobre gatos, cachorros, ratos e cavalos, mas também sobre cadeiras, pratos, árvores, montanhas e outras coisas que vemos todos os dias, e é sobre as razões pelas quais podemos distinguir um elefante de um tatu (assim como normalmente não confundimos nossa esposa com um chapéu, apesar do livro que lí e que um homen confude sim ).


E ainda que eu diga muitas coisas nessas páginas, ainda há muitas mais que eu não digo, simplesmente porque minhas idéias não são claras quanto a elas. De fato, gostaria de assumir como meu lema uma citação de Boscoe Pertwee, um escritor do século 18 : ‘Eu costumava ser indeciso, mas agora não tenho tanta certeza’.”

Não ter certeza me lembra muito o filme que ví ontem com la bela Psiqué , apesar dela já o te-lo visto (o verbo é este?...Nunca havê-lo visto" ou "nunca o haver visto", tanto como "nunca tê-lo visto" e "nunca o ter visto" continuam sendo possíveis no meu entendimento)...

Onde os fracos não tem vez

Logo de cara, o novo filme dos irmãos Coen mostra pra que veio, uma fotografia espetacular é exibida enquanto o prólogo do filme é narrado.

Sem dúvida, uma das melhores fotografias e ângulos de filmagem que eu já vi. Pra variar, a tradução do título brasileiro é sensacionalista, como quase tudo nesse país, e não representa a essência do filme, que em inglês tem o título No Country For Old Men.

Interessante o ritmo empregado do filme, onde há momentos em que personagens entram em cena do nada, sem introdução alguma, apenas para conversar (diálogos muito bons) com os personagens principais. Fugindo com louvor do mundo clichê, Onde Os Fracos Não Têm Vez, é um filme que soa realidade.

Em meio há uma campina, um homem observa um bando de cervos, com seu rifle… Mira e… erra o alvo. Então segue adiante… No caminho… caminhonetes, corpos e uma carga de drogas (igual na minha Baixada kkk)… Algo não deu certo também ali… mais adiante uma valise com muitos pacotes de dólares… Vai embora com o dinheiro…


Ele é Llewelyn Moss (Josh Brolin), ex-veterano de guerra. Já pensando de que alguém irá reclamar de toda aquela grana… manda a mulher ir para a casa da mãe… Ele vai sumir um pouco de circulação, levando o dinheiro junto (lembrando vagamente alguns políticos né?)

Ainda no início do filme… Primeiro, em off, temos um Xerife meio desiludido com os novos rumos de todo aquele lugar. Da chegada de uma violência muito mais… cruel... As drogas como uma mercadoria valiosa… Anos 80…




Ele é Ed Tom Bell (Tommy Lee Jones). Sente que está ultrapassado… Às vésperas de se aposentar, tem mais essa missão a cumprir. E essa carnificina só estava começando…

Depois, aquele que irá atrás do dinheiro, um psicopata… e que curte usar uma arma nada convencional… que diferente de Moss, não erra uma…


Ele é Anton Chigurh (Javier Bardem). Alguém que nem sente dor. Frio, até nisso.

Nessa caçada para lá de sanguinolenta… Segue o filme… Agora…

Uma pessoa desequilibradateria que fazer força para não rir do cabelinho do Javier Bardem por fazer lembrar do Beiçola, da “Grande Família”.




Gostei dos prêmios, 4 Oscar, aos Irmãos Coen! Fica como um prêmio dado pelo conjunto da obra aos dois e neste filme contou muito :Uma escolha primorosa de elenco, junto com uma direção impecável, que sem dúvida alguma, soube tirar de cada ator o seu melhor, mesmo que seja por 5 minutos de participação.

Só de escrever essa pequena "resenha" já sinto vontade de ver novamente.

Mas , se o ornitorrinco enfrentasse o Anton???????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????

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